Com o nome homenageando a musa do cinema francês dos anos 1950/60 (hoje, uma destacada ativista ambiental), o Brigitte Bardot é um trimarã de 109 pés construído em 1998 pelo estaleiro britânico Vosper Thornycroft para dar a volta ao mundo em menos de 80 dias, quebrando um recorde de circum-navegação.
Não foi sua única missão. Até o início deste ano, a embarcação também fez parte da frota da ONG Sea Shepherd, que luta contra a caça às baleias, e que agora decidiu colocá-la à venda, depois de muitas batalhas contra navios baleeiros ilegais, entre outras ações ambientais.
Originalmente, o nome do barco era Cable & Wireless Adventurer. Foi com ele que entrou para o Guinness ao quebrar o recorde de circum-navegação navegando 22.600 milhas em menos de 75 dias. Depois de cumprir essa missão, já com o nome trocado para Ocean 7 Adventurer, o trimarã mudou-se para a Cidade do Cabo, na África do sul, onde começou uma nova e não menos admirável carreira. Em dezembro de 2007, por exemplo, o 109 pés ganhou as manchetes dos jornais, sites e revistas ao realizar, no Oceano Atlântico, um ousado resgate do iate Delta Dore — que foi rebocado ao longo de 960 milhas, até alcançar a Cidade do Cabo.
Três anos depois, em 2010, comprada pela Sea Shepherd e rebatizada de Gojira(que significa Godzilla em japonês), a embarcação passou a ser usada em missões de rastreamento de navios baleeiros japoneses ilegais na Antártica, atuando como grande defensora do ecossistema marinho. Ao localizar o baleeiro Nisshin Maru, no Mar de Ross, o Gojira quebrou mais um recorde: viajou mais ao sul que qualquer outro multicasco na história. Além disso, durante os mais variados percursos, se deparou com lulas chinesas ao largo de Galápagos e enfrentou caçadores furtivos no Mediterrâneo.
Fonte: nautica.com.br